24 novembro 2010

Natureza


O ar assopra: Vento
O vento mija: Chuva
A chuva foge: Rio
O rio corre: Mar
O mar vomita: Onda
A onda cambota: Surfista
O surfista sua: Libido
A libido acende: Coito
O coito goza: Criação.

Lynn Glommy
24/11/2010

O "R"


O “R”, o Rato, o RetRato, o Rito, o Rótulo, o imaginável
O “R”, a Rua, a Rã, Rato/RatoeiRa,
“R” de Ramon, “R” de RamoneiRa,
“R” de sabeR, “R” de te veR chegaR.
Com “R” faço muitas coisas, inclusive amaR.
“R” de coR: Rosa, Rubi, caRmim, azul-petRóleo.
O “R” faz meu pôR-de-sol alaRanjado.
Me faz sentiR a bRisa do maR.
Ah! O “R” me tRaz aR.
“R” de saboR, veRdade/mentiRa
É o “R” que faz o veRbo da vida: viveR.
“R” de... “R” de... “R” de RiR
Afinal, é de “R” que o Riso é feito.
Um “R”, dois “R”, tRês “R”
Aí é só a acRescentaR um “A”.
“R” de RiR, “R” de RáRáRá.

Lynn Glommy
24/11/2010

Habitual


Estou dentro de uma habitual quarta-feira
Faltou luz na rua
Vou à varanda, deito na rede
Observo coisas habituais
Um telhado, no qual penduro coisas
Entre filtro dos sonhos e mensageiro dos ventos
Coisas e mais coisas
Desvio o olhar para o céu, no qual penduro coisas
Entre luas, estrelas, sol e nuvens
Coisas e mais coisas
Desvio o olhar para a roupa pendurada no varal
Como diria o Neruda, “chorando lágrimas sórdidas”.
Desvio o olhar para essa Eu.
Aqui, observando o habitual
Observando que o habitual deixou, a muito, de ser habitual
E quando volta a luz
TV a cabo, computador, ar-condicionado...
Observo que o habitual deixou, a muito, de ser habitual.

Lynn Glommy
24/11/2010

18 novembro 2010

Clarice



Clarice ri de manhã,
Clarice ri de tarde e
Clarice ri de noite.
Clarice chora de manhã,
Clarice chora de tarde e
Clarice chora de noite...
Ela não escolhe a hora
pra me encher de encanto.
Ela grita,
se agita,
se meche,
se brinca,
pula sem saber,
diz que ama sem dizer...
Ela não tem limites
pra me encher de encanto.
Clarice é menina-mulher
Mulher de pulso forte,
destinada a fama.
Ah, Clarice, diz que ama, diz...
Que eu me derreto toda, vê?!
Deve ter umas mil Clarices,
mais Clarice assim amada,
acho que só tem você. 

Lynn Glommy
17/11/2010

Essa aí...

Á Tuany

Sabe essa aí?!
Nem queira saber, 
menina esquisita essa. 
Ela anda, corre, rir e chora. 
Come, dorme, fala, cospe. 
Respira, pisca, remexe e sacode. 
Brilha, grita, vira e explode. 
Se irrita, não rita, me deixa, morde. 
Caga, mija, vomita, fode... 
Quem é essa menina esquisita?
Ela faz tudo que tudo faz. 
Ela tem cabelo, osso, carne, 
gordura, pele, sangue, unha e queixo.
Ela tem tudo que tudo tem. 
Mas ainda assim é única. 
Tento descobrir porque que 
Tuca, Tutu, Tutut's Tutubarão, Tuzinha, Tuzão Tutifrutti Falcão. 
Parece bicho solto,
mas quando resolve pousar, 
faço um poleiro no meu coração.


Lynn Glommy
06/11/2010

03 novembro 2010

Existo logo

Digo que existo, logo existo.
Sou Pernambucana, logo existo.
Danço, logo existo.
Irrito-me, logo existo.
“Twito”, logo existo.
Vou à shows , logo existo.
Beijo na boca, logo existo.
Cozinho, logo existo.
Ouço música, logo existo.
Sou mãe, logo existo.
Amo, logo existo.
Vivo, logo existo.

Lynn Glommy
30/10/2010

Eu não poderia deixar de postar isso.

Pois é, a primeira pessoa que me deu a felicidade de escrever uma poesia linda dessas pra mim não poderia ficar sem um espacinho no meu blog, afinal, ele é um amigãozão (Gugaaaaa) o qual aprecio tanto. La vaaaai:




Ela...

Quem é essa moça?
vestida de preto,
de olhos marcantes,
de sapatos vermelhos.
Quem é essa moça?
de laço vinho no cabelo,
com cara de vergonha mas um tanto sem pudor.
Quem é essa moça?
que brinca de mulher num corpo de menina,
que domina na hora que quer e que se faz de frágil 
só para tirar uma onda.
Quem é essa moça? definida como faceira
onde todos a chamam de Lynn,
que de tão bondosa se torna perversa.

By: Camarada Rock em 27/10/2009